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Aventuras na Argentina: Lições de uma médica apaixonada por trekking

Faces da Beleza #022

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Querida leitora,

Aqui estou eu, na deslumbrante Bariloche, Argentina, aguardando ansiosamente a chegada do restante do grupo para iniciarmos mais um trekking desafiador.

Desta vez, rumaremos para a região de El Bolson, onde enfrentaremos trilhas exigentes, noites frias em acampamentos e uma dose saudável de introspecção.

Enquanto aguardo, não posso deixar de refletir sobre como essa paixão pelo trekking começou na minha vida…

Tudo se iniciou em 2016, quando um grupo de amigos, pais da escola dos meus filhos, nos convidou para uma caminhada no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, pertinho do nosso amado Rio de Janeiro…

Desde então, o trekking foi ficando cada vez mais presente na minha vida, como você vai ver nas próximas linhas.

Continue lendo.

Minha primeira experiência de trekking

Confesso que minhas expectativas para aquele primeiro passeio eram bem baixas.

Afinal, subir uma montanha por 8 horas e dormir em um abrigo (eu nem sabia direito o que isso significava!) não parecia lá muito convidativo.

Além disso, eu tinha acabado de voltar de Cusco e Machu Picchu, então minha memória estava repleta de paisagens maravilhosas que eu achava difícil de superar.

Mas, minha querida, eu estava redondamente enganada!

Quando alcançamos a Pedra do Sino, fui presenteada com um nascer do Sol absolutamente mágico. Os primeiros raios despontando sobre as montanhas, colorindo o céu de tons vibrantes... Foi de tirar o fôlego!

E não foi só a paisagem que me encantou…

O grupo de pessoas que se reúne para fazer esse tipo de programa está totalmente conectado em curtir a natureza em sua essência.

Dormimos todos juntos no "bivac", um galpão dentro do abrigo, dividindo histórias, risos e até os roncos alheios (sim, dizem que eu ronquei mais que meu marido!).

Apesar do frio intenso (difícil acreditar que estávamos a apenas 1 hora do Rio 40 graus), aquela experiência despertou em mim uma centelha de aventura que eu não sabia que existia.

E assim, meio sem querer, dei meu primeiro passo no mundo do trekking.

A evolução do trekking na minha vida

A partir daquela primeira experiência, o trekking se tornou um programa frequente na minha vida. Fizemos novos amigos, pessoas incríveis que conhecem lugares deslumbrantes e organizam tudo com maestria.

As crianças já nem nos acompanham mais, mas isso não diminuiu em nada nossa empolgação.

Juntos, exploramos diversos pontos e rotas da Serra dos Órgãos, da Serra de Itatiaia e da Serra Fina.

Fizemos a volta da Ilha Grande, o circuito da Joatinga em Paraty e conhecemos a Chapada dos Veadeiros em três formatos diferentes.

Sempre dormindo em meio à natureza, carregando nossas mochilas (o único conforto que exigimos é não levar a mochila cargueira!).

Ao longo desses quase 10 anos de trekking, posso dizer com segurança que nos tornamos os “veteranos” de cada grupo que participamos.

Mas sabe de uma coisa?

Isso só torna tudo ainda mais especial.

É gratificante ver como essa paixão pela natureza e pela superação dos próprios limites não têm idade.

Desafios e receios atuais

Mas, minha amiga, confesso que desta vez, aqui na Argentina, estou um pouco relutante.

O frio, o vento, a expectativa de caminhar de 6 a 8 horas por dia durante 5 dias em um clima imprevisível... Tudo isso está me exigindo uma dose extra de pensamentos otimistas!

Vamos encarar o circuito do Rio Azul em El Bolson, e só de pensar na preparação da mochila já me dá um friozinho na barriga.

Escolher apenas o essencial, priorizar o conforto e o abrigo do frio em detrimento da vaidade (adeus, maquiagens e cremes!), e ainda torcer para que a chuva não apareça... É um exercício e tanto de desapego e adaptabilidade.

Quando a guia do grupo recomendou um saco de dormir apropriado para zero graus, confesso que me questionei:

  • Será que eu realmente quero isso?

  • Trocar o conforto de um hotel com camas maravilhosas pela possibilidade de passar frio numa barraca?

  • Seria apenas uma teimosia em reviver as experiências incríveis do passado?

E tem também o desafio físico: serão 6 a 8 horas de caminhada por dia, em terrenos inclinados, desabrigados, frios e com vento.

Será que estou preparada?

A mochila vai pesar?

São tantas incógnitas que às vezes me pegam de surpresa.

Reflexões sobre o propósito

Mas sabe o que me faz seguir em frente, apesar de todos esses receios?

É a certeza de que essas experiências me transformam de uma maneira única.

Cada trilha enfrentada, cada noite mal dormida, cada paisagem deslumbrante...

Tudo isso me lembra do meu propósito maior: viver intensamente, superar meus limites e me conectar com o que realmente importa.

Afinal, é para isso que eu me dedico tanto, não é mesmo?

Subir 1000 degraus duas vezes por semana, priorizar minha saúde e bem-estar em meio a uma agenda cheia...

Tudo isso me prepara não só fisicamente, mas também mentalmente para encarar os desafios que a vida apresenta, seja numa trilha ou no dia a dia.

E quando penso em todas as experiências incríveis que já vivi graças ao trekking, os perrengues parecem tão pequenos!

Já enfrentei chuvas torrenciais, frio congelante, picada de aranha (e só descobri uns dias depois) e por um triz não pisei em uma cobra venenosa.

Mas nada disso se compara aos momentos de superação, às amizades fortalecidas e às paisagens de tirar o fôlego que ficam gravadas para sempre na memória.

No fim das contas, é esse crescimento pessoal que me impulsiona a continuar explorando, me desafiando e descobrindo o mundo e a mim mesma através do trekking.

E tenho certeza de que, independentemente do que me espera nessa nova aventura na Argentina, sairei dela ainda mais forte, resiliente e grata pela oportunidade de viver tudo isso.

Desafie-se. Reinvente-se. Surpreenda-se!

Querida leitora,

Ao compartilhar minha jornada pessoal com o trekking, desde a primeira experiência desafiadora na Serra dos Órgãos até os receios e propósitos que me trouxeram aqui para Bariloche, meu desejo é inspirar você a também se desafiar e se reinventar.

Sei que encarar o desconhecido pode ser assustador. Acredite, eu mesma ainda enfrento medos e incertezas a cada nova aventura.

Mas é justamente nesses momentos de superação que descobrimos nossa verdadeira força e crescemos como seres humanos.

Então, meu convite para você hoje é: permita-se explorar novos horizontes.

Seja numa trilha desafiadora, num projeto pessoal ou em qualquer área da sua vida que peça por uma dose extra de coragem.

Diga sim para as oportunidades que te tiram da zona de conforto e te fazem questionar seus limites.

Comece pequeno, se precisar. Mas comece.

Porque cada passo em direção ao desconhecido é uma chance de se surpreender com sua própria capacidade de adaptação, superação e resiliência.

E tenho certeza de que, assim como eu, você vai descobrir uma versão ainda mais forte e corajosa de si mesma nesse processo.

Lembre-se: a vida é curta demais para nos contentarmos com o que já conhecemos.

Então, vamos nos desafiar, nos reinventar e nos surpreender a cada dia.

E se em algum momento você precisar de uma dose extra de motivação, saiba que pode sempre contar comigo.

Com todo meu carinho,

Dra. Luciana Palma (Lu) 🤍

Enriquecendo a alma

📚 Livro que estou lendo:
A vida invisível de Eurídice Gusmão por Martha Batalha

🎬 Filme que recomendo:
A Vida Invisível 

📺 Série que estou acompanhando:
Disclaimer, na Apple TV

🎧 O que tenho ouvido:
Missed Fortune

Quem é a Dra. Luciana Palma

Deixa eu me apresentar a você que chegou aqui agora.

Muito prazer! Sou a Luciana (Lu), cirurgiã plástica especializada em cirurgia das mamas, com mais de 23 anos de experiência na área. Formada pela UFJF em 1993, realizei residência em cirurgia geral e no INCA, no Rio de Janeiro.

Desde 2001, me dedico à Técnica de Mastopexia com cicatriz reduzida em L, buscando resultados estéticos superiores com menor invasividade.

Com mais de 5 mil cirurgias realizadas, sou preceptora de Serviços Credenciados da SBCP e coordeno o Curso Mama em L, compartilhando minha experiência com outros cirurgiões plásticos.

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