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Redução de mamas: uma cirurgia que vai além da estética

Faces da Beleza #013

Minha querida leitora,

Hoje, quero compartilhar com você uma história que me tocou profundamente e que ilustra como os distúrbios alimentares podem afetar a autoestima e a imagem corporal, especialmente quando se trata das mamas.

Recentemente, atendi uma paciente chamada “Joana”, de apenas 22 anos.

Quando a encontrei no hospital, ela estava vestindo um top azul-claro de lastex, o que me surpreendeu, já que estávamos prestes a realizar sua cirurgia.

“Joana”, sempre acompanhada pela mãe e falando baixinho, me explicou que queria fazer um vídeo de antes e depois, pois havia algo que a incomodava profundamente.

Ao pular na frente de uma parede branca, “Joana” me mostrou como suas mamas grandes e flácidas balançavam de forma desconfortável.

Essa cena não me era estranha, pois muitas pacientes já haviam compartilhado comigo o sofrimento causado por mamas desproporcionalmente grandes.

O que mais me chamou a atenção no caso da “Joana” foi que, apesar de ter um distúrbio alimentar, NÃO era a compulsão por comida.

Com apenas 45 quilos e 1,60 de altura, “Joana” sofria de anorexia.

Ela tentava combinar as roupas da moda com a mínima exposição corporal, pois seu desconforto com o próprio corpo era tão intenso que, além de não comer, ela se automutilava com frequência.

Eram inúmeras cicatrizes nas coxas e no abdome, algumas antigas e outras recentes e avermelhadas.

Naquele momento, lembrei-me do meu desejo inicial na medicina de compreender profundamente a mente humana e intervir nas questões psiquiátricas.

Como eu queria ajudá-la!

Planejar a cirurgia era um grande passo para amenizar seu desconforto.

Mas será que havia algo mais por trás do distúrbio alimentar e da automutilação além das mamas flácidas e grandes em um corpo extremamente magro?

Isso eu só descobriria após adequar seu corpo, o que faríamos em alguns minutos.

O impacto das mamas na autoestima

Este é um tema que merece a nossa atenção!

As mulheres que têm mamas desproporcionalmente grandes enfrentam diversos desafios no dia a dia.

Escolher roupas pode se tornar uma tarefa árdua, já que nem tudo fica bem e muitas peças só são possíveis de usar com um sutiã adequado.

Praticar esportes também é um desafio, pois não há top que impeça a movimentação do peso das mamas com qualquer impacto.

Além disso, os ombros podem ficar com vincos causados pela força das alças do sutiã tentando vencer a gravidade que puxa as mamas para baixo.

E a pele da parte superior do abdome pode ficar avermelhada e irritada pelo contato constante com a pele das mamas, que descem sobre o abdome.

Todas essas consequências físicas das mamas grandes podem levar a uma limitação significativa na vida de uma mulher, afetando sua autoestima e qualidade de vida.

É comum que essas mulheres se sintam envergonhadas, desconfortáveis e até mesmo deprimidas com a aparência de seus seios.

No caso da “Joana”, o impacto psicológico era ainda mais profundo.

Sua insatisfação com as mamas a levou a desenvolver um distúrbio alimentar grave e comportamentos de automutilação.

Ela estava presa em um círculo vicioso de angústia e sofrimento, e a cirurgia plástica surgiu como uma possibilidade de tratamento não apenas físico, mas também emocional.

É importante ressaltar que a cirurgia plástica NÃO é uma “solução mágica” para todos os problemas de autoestima…

Mas, em casos como o da “Joana”, ela pode ser uma ferramenta valiosa para aliviar os sintomas físicos e emocionais relacionados às mamas grandes.

Com um planejamento cuidadoso e uma técnica adequada, é possível obter resultados incríveis e transformadores.

Redução de mamas: uma cirurgia transformadora

A cirurgia plástica, especialmente a redução de mamas, pode ser uma alternativa eficaz para aliviar os sintomas físicos e emocionais relacionados às mamas grandes.

No caso da “Joana”, a cirurgia permitiu a redução de mais da metade do volume mamário e exigiu uma hipercorreção do excesso de pele para posicionar as mamas adequadamente.

Com a técnica da cicatriz em L, foi possível deixar o decote dela livre de cicatrizes visíveis.

Esse é um detalhe importante, pois muitas mulheres se preocupam com as marcas que a cirurgia pode deixar.

Com a abordagem certa, é possível obter resultados estéticos excelentes e minimizar o impacto das cicatrizes.

Mas os benefícios da cirurgia vão muito além da aparência física…

Para a “Joana”, a redução das mamas representou uma verdadeira transformação emocional.

Duas semanas após o procedimento, ela retornou ao meu consultório para uma consulta de revisão, e eu pude perceber uma mudança significativa em sua postura e atitude.

Ela estava mais confiante, falava com mais firmeza e parecia ter ganhado alguns quilos saudáveis.

Vestindo o mesmo top azul-claro de látex que usava no dia da cirurgia, ela fez questão de gravar um novo vídeo pulando, dessa vez com um sorriso no rosto e uma evidente sensação de conforto e liberdade.

“Joana” me contou, emocionada, que sua vida havia mudado completamente após a cirurgia.

Ela nunca imaginou que uma intervenção física pudesse ter um impacto tão profundo em sua mente e em suas emoções.

No abraço de despedida, ela me disse algo que eu nunca esquecerei:

— “Doutora, depois da cirurgia, eu nunca mais fiquei triste”.

E ela estava se referindo não apenas à tristeza, mas também à automutilação.

Desde a cirurgia, “Joana” não havia mais sentido a necessidade de se machucar.

Esse é um testemunho poderoso de como a cirurgia plástica pode ser transformadora, não apenas no aspecto físico, mas também na saúde mental e na qualidade de vida das pacientes.

Encontrando o caminho para uma vida plena e feliz

Espero que a história da “Joana” tenha tocado seu coração tanto quanto tocou o meu.

Ela nos lembra que a cirurgia plástica vai muito além da busca por um ideal estético.

Trata-se de uma ferramenta poderosa para promover a autoestima, o bem-estar e a qualidade de vida das mulheres.

Como cirurgiã plástica, tenho o privilégio de testemunhar transformações incríveis todos os dias. Não apenas transformações físicas, mas também emocionais e psicológicas.

Ver pacientes como a “Joana” recuperarem sua confiança e sua alegria de viver é o que me motiva a continuar nessa jornada.

Mas é importante lembrar que cada caso é único e requer uma abordagem individualizada.

Se você está enfrentando desafios relacionados às suas mamas ou a qualquer outro aspecto do seu corpo, não hesite em buscar ajuda.

Converse com um profissional de saúde de confiança, explore suas opções e lembre-se de que você merece se sentir bem consigo mesma.

Aqui no nosso espaço, estou sempre à disposição para ouvir suas histórias, responder suas perguntas e oferecer o suporte necessário.

Juntas, podemos encontrar o caminho para uma vida mais plena, saudável e feliz.

Até o próximo domingo, às 18h.

Com carinho,

Dra. Luciana Palma (Lu) 🤍

Enriquecendo a alma

📚 Livro que estou lendo:
Três, de Valérie Perrin

🎬 Filme que recomendo:
Tetris

📺 Série que estou acompanhando:
The Super Models

🎧 Podcast que tenho ouvido:
The Michael Singer Podcast

Quem é a Dra. Luciana Palma

Deixa eu me apresentar a você que chegou aqui agora.

Muito prazer! Sou a Luciana (Lu), cirurgiã plástica especializada em cirurgia das mamas, com mais de 21 anos de experiência na área. Formada pela UFJF em 1993, realizei residência em cirurgia geral e no INCA, no Rio de Janeiro.

Desde 2001, me dedico à Técnica de Mastopexia com cicatriz reduzida em L, buscando resultados estéticos superiores com menor invasividade.

Com mais de 5 mil cirurgias realizadas, sou preceptora de Serviços Credenciados da SBCP e coordeno o Curso Mama em L, compartilhando minha experiência com outros cirurgiões plásticos.

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