Trilhas Cariocas: Conectando Corpo, Mente e Natureza

Querida leitora,

Agora mesmo, es­tou sen­ta­da em uma sala de cirurgia, ob­ser­van­do os re­si­den­tes termi­na­rem a ci­rur­gia que orientei como con­du­zir.

Nes­ta quinta-feira, três dias an­tes da news­let­ter che­gar até vo­cê, es­tou en­vol­vi­da até os fios de ca­be­lo com meu ofício: a ci­rur­gia plás­ti­ca.

Ju­lho é um mês mais fres­co e mui­tas pes­so­as acre­di­tam que se­ria um cli­ma me­lhor para a re­cu­pe­ra­ção, que ge­ral­men­te en­vol­ve cin­tas e su­tiãs o tem­po todo. Por isso, o tra­ba­lho é mais in­ten­so nes­ta épo­ca do ano.

Aten­der de­se­jos de uma trans­for­ma­ção cor­po­ral exi­ge ex­tre­ma res­pon­sa­bi­lida­de. Pois, não é só a ci­rur­gia em si, mas toda a con­du­ção de pós-operatórios que exigem de­di­ca­ção má­xi­ma e um grau mui­to alto de es­tres­se.

Fa­zen­do isso há 25 anos, ain­da me es­for­ço a apren­der como li­dar com tudo isso.

Se por um lado gos­to mui­to de to­das as emo­ções ge­ra­das…

Por ou­tro lado, me ques­ti­o­no so­bre o ape­go a uma ro­ti­na de tra­ba­lho tão lon­ga.

Mesmo imersa no ofício que tanto amo — a cirurgia plástica —, não posso deixar de sentir uma pontinha de inquietação.

Enquanto acompanho cada movimento preciso dos jovens médicos, minha mente vaga para os prazeres simples que a vida me reserva além dessas paredes…

É bom só de pen­sar que o fi­nal de se­ma­na está che­gan­do e, com cer­te­za, vou es­tar em uma de­las. Fica como su­ges­tão para você!

A ci­da­de ma­ra­vi­lho­sa é pe­ri­go­sa, vi­o­len­ta e cru­el, mas agra­de­ço to­dos os dias por mo­rar aqui.

Sem­pre foi um so­nho de in­fân­cia mo­rar tão per­to do mar e da mon­ta­nha.

Me lem­bro per­fei­ta­men­te do sen­ti­men­to que tive ao pas­sar pela orla do Flamengo e Bo­ta­fo­go logo que me mu­dei pra cá, há 30 anos.

Tive um medo gi­gante, e não é o medo que se es­pe­ra ter uma mi­nei­ra se mu­dan­do para o Rio…

Meu medo era que a ro­ti­na de mo­rar aqui apa­gas­se meu des­lum­bre ao ad­mi­rar o Pão de Açú­car e o Cor­co­va­do.

Felizmente, até hoje me emo­ci­o­no com um sim­ples pas­seio per­to de casa. 

E aqui nes­ta sala ge­la­da do cen­tro ci­rúr­gi­co, meu co­ra­ção fica quen­ti­nho só de pen­sar nos mo­men­tos de re­la­xa­men­to em meio à na­tu­re­za, tão per­ti­nho de casa.

Na Zona Sul, tem três cir­cui­tos que amo fa­zer nas ma­nhãs de sá­ba­do ou do­mingo, bem ce­di­nho.

Vou con­tar para vo­cê como é pra mim cada uma des­tas ex­pe­riên­ci­as e es­pe­ro que te ins­pi­re a ex­pe­ri­men­tar pro­gra­mas as­sim. São de­li­ci­o­sos! 

Mesmo em uma rotina atarefada, é vital reconectar-se com a natureza, desafiar seus limites e reencontrar a verdadeira essência da vida.

1 - Cláudio Coutinho – Trilha do Morro da Urca

Essa é uma joia escondida próxima à deslumbrante Praia Vermelha.

De fácil acesso e pavimentada, é perfeita para quem deseja se exercitar admirando vistas de tirar o fôlego. O trajeto de 2,5 km segue a encosta do Morro da Urca, com o mar azul cristalino ao lado.

Mas o que realmente faz deste lugar tão especial é a natureza exuberante que o envolve…

• O movimento hipnótico das ondas se chocando contra as pedras…

• A brisa do mar acariciando o rosto…

• A floresta verdejante com vida pulsando ao seu lado…

É uma experiência multi-sensorial de reconexão com a essência da beleza natural.

E para os corredores, a pista é simplesmente um sonho! Evitando os horários de “rush” (maior movimento), ela se torna um refúgio de sombras acolhedoras em dias quentes.

Sem dúvidas: 

Essa é a minha primeira escolha quando busco beleza, conveniência e segurança. Por ser uma área militar, sempre me senti bastante tranquila.

A partir de um ponto nesta pista, acessamos a trilha que nos leva ao topo do Morro da Urca. 

Este trajeto íngreme certamente desafia nossos limites e acelera os batimentos cardíacos! (rs)

Mas a sensação de liberdade ao conquistar o cume com nossos próprios passos é indescritível e coroada com uma vista surreal de toda a Baía de Guanabara, Niterói e o imponente Corcovado.

Não é uma trilha muito longa — subindo em ritmo acelerado, chegamos ao topo em 35 minutos. Mas para quem prefere ir mais devagar, em 1 hora é possível alcançar o cume com muito conforto.

E o melhor?

Lá em cima, nos encontramos com os turistas que chegaram de bondinho, mas nada se compara à satisfação de ter chegado ao topo por méritos próprios!

Além do visual de tirar o fôlego, há banheiros, bares e restaurantes para repor as energias e celebrar a conquista de ter chegado tão alto.

O bondinho continua por mais um trecho, mas não há trilha para o próximo morro — esse só pode ser alcançado por escalada.

2 - Cachoeira dos Primatas, na Floresta da Tijuca

Querida leitora, se você é como eu e adora se reconectar profundamente com a natureza, essa próxima trilha vai encantar sua alma!

Ela começa em uma rua sem saída no Horto Florestal, termina em uma cachoeira deliciosa.

Diferentemente da “Pista Cláudio Coutinho”, assim que adentramos no caminho, somos instantaneamente transportadas para um mundo à parte.

A desvantagem é que não tem a mesma segurança da área militar, mas ao avistar as águas cristalinas dessa cachoeira mágica, qualquer preocupação se dissolve.

É renovação pura para todos os nossos sentidos.

3 - Trilha do Morro da Catacumba

As maravilhas naturais que o Rio tem a oferecer são mesmo inesgotáveis!

E para quem mora tão perto delas, seria um desperdício não aproveitá-las.

Foi pensando assim que, há 2 anos, descobri essa nova pérola escondida: a trilha do Morro da Catacumba.

Saindo do lindo Parque da Catacumba, subimos pela área pavimentada com paralelepípedos até o fim.

A caminhada é tranquila e nos presenteia com dois mirantes deslumbrantes da Lagoa Rodrigo de Freitas.

No dia em que fiz essa trilha, a temperatura estava tão acolhedora que dava mesmo vontade de um banhinho refrescante!

Mas, como não há cachoeiras por lá, continuamos nossa jornada até terminar a trilha com um mergulho delicioso na famosa praia de Ipanema — um com­bo que re­sume mi­nha ale­gria em mo­rar aqui, são mui­tas op­çõ­es para curtir a natureza e renovar a alma.

Sinto que, a cada passo nessas trilhas, reencontro um pouco mais de mim mesma.

É uma oportunidade de escapar do estresse do dia-a-dia, desafiar meus limites físicos e mentais, e renovar minhas energias com paisagens de tirar o fôlego.

A sensação de conquista ao alcançar um topo ou avistar uma vista deslumbrante é muito significativa para mim.

E sabe qual é o meu próximo grande sonho?

Subir a “temida” Pedra da Gávea!

Lá existe um trecho particularmente desafiador chamado “Carrasqueira” que exige até equipamentos de corda para seguir em segurança.

Já ouvi relatos de pessoas que tiveram crises de pânico por lá…

Talvez por isso, ou por ficar tão perto de casa, venho adiando essa aventura.

Por hoje é só, mas fique atenta às próximas edições da “Faces da Beleza”.

Te espero aqui, todo domingo, às 18h.

Um grande abraço.

Enriquecendo a alma

📚 Livro que estou lendo:
Write Your Story - Allison Fallon

🎬 Filme que recomendo:
Era Uma Vez Um Sonho

📺 Série que estou acompanhando:
Sem tempo para séries estes dias…

🎧 Artista que tenho ouvido:
Raul Seixas

Quem é a Dra. Luciana Palma

Deixa eu me apresentar a você que chegou aqui agora.

Muito prazer! Sou a Luciana (Lu), cirurgiã plástica especializada em cirurgia das mamas, com mais de 21 anos de experiência na área. Formada pela UFJF em 1993, realizei residência em cirurgia geral e no INCA, no Rio de Janeiro.

Desde 2001, me dedico à Técnica de Mastopexia com cicatriz reduzida em L, buscando resultados estéticos superiores com menor invasividade.

Com mais de 5 mil cirurgias realizadas, sou preceptora de Serviços Credenciados da SBCP e coordeno o Curso Mama em L, compartilhando minha experiência com outros cirurgiões plásticos.

• Para agendar uma consulta, te convido a clicar aqui.

• Dra. Luciana Palma: RJ CRM 5258334-2 | RQE 17595