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Reflexões sobre o uso do celular e a busca por um equilíbrio saudável
Faces da Beleza #018
Faces da Beleza #018
Olá, minha querida!
Deixa eu te perguntar:
Por acaso, você já parou para pensar quanto tempo passa em frente à tela do seu celular?
Recentemente, me deparei com essa questão de uma maneira muito concreta.
Com a nova atualização do sistema operacional, descobri ferramentas que medem o tempo gasto em cada aplicativo.
Confesso que sempre soube dessa possibilidade, mas evitava encarar a realidade de que estava dedicando mais tempo às telas do que gostaria.
Como você sabe, comecei a usar o Instagram como ferramenta de trabalho em 2016. Reconheço os benefícios dessa plataforma para informar e me conectar com pacientes de uma forma equilibrada e direcionada.
No entanto, ao ver os números diante de mim, percebi que era hora de reavaliar meus hábitos.
Nos dias de hoje, o uso do celular se tornou tão integrado às nossas rotinas que, muitas vezes, não percebemos o quanto ele influencia nossa vida.
O ato de rolar a tela infinitamente se tornou um gesto automático, quase um reflexo.
É fácil se perder nesse fluxo contínuo de informações e estímulos, deixando de lado outras atividades importantes.
Essa constatação me fez refletir sobre minha relação com a tecnologia e buscar maneiras de encontrar um equilíbrio mais saudável.
Quero compartilhar com você essa jornada de autoconhecimento e mudança, na esperança de que minhas experiências possam inspirá-la a também repensar seus hábitos digitais.
Afinal, a beleza da vida vai muito além das telas.
O desafio da dependência digital
No mundo acelerado em que vivemos, é fácil nos perdermos no emaranhado digital.
O uso excessivo do celular pode se manifestar de diversas formas, muitas vezes sutis, que vão aos poucos impactando nossa qualidade de vida.
Você já se pegou trocando atividades prazerosas e saudáveis por mais tempo nas redes sociais?
Ou sentiu uma necessidade quase incontrolável de verificar as notificações, mesmo sem um motivo específico?
Esses podem ser sinais de que seu relacionamento com a tecnologia está desequilibrado.
A dependência digital é um fenômeno real e cada vez mais comum. Ela pode afetar nossa capacidade de concentração, nossos relacionamentos e até mesmo nossa saúde mental.
Quando percebi que meu tempo de tela estava tendo um impacto negativo na minha vida, soube que era hora de agir.
Uma experiência que me marcou profundamente foi em 2019, durante um trekking pela Chapada dos Veadeiros.
Foram três dias em uma rota na Chapada Alta, completamente sem sinal de internet.
No início, foi assustador pensar que o contato seria somente de emergência pelo rádio do guia, mas aos poucos a liberdade de estar offline foi um sentimento libertador.
Essa vivência me fez perceber o quanto eu estava dependente do meu celular e como isso estava me afastando de experiências mais profundas e significativas.
Decidi, então, reavaliar meus hábitos e buscar maneiras de usar a tecnologia a meu favor, não o contrário.
Sei que muitas de vocês também enfrentam esse desafio diário de equilibrar o uso do celular com as demandas e prazeres da vida real.
Nas próximas linhas, compartilharei algumas estratégias que me ajudaram nesse processo de reencontro comigo mesma e com o que realmente importa.
Lembre-se: reconhecer o problema é o primeiro passo para a mudança.
Estratégias para o equilíbrio
Após reconhecer que meu tempo excessivo de tela estava me afastando de atividades mais enriquecedoras, decidi buscar maneiras de usar o celular de forma mais consciente e equilibrada.
Quero compartilhar com você algumas estratégias que têm funcionado para mim, na esperança de que possam inspirá-la nessa jornada de autoconhecimento e mudança.
1 - Desconexão Consciente
Uma das primeiras medidas que adotei foi a desconexão consciente.
Passei a reservar momentos específicos do dia para ficar longe das telas, seja durante a prática de atividades físicas ou em momentos de relaxamento.
Descobri que a música é uma grande aliada nesses períodos de desconexão, então sempre levo comigo um dispositivo sem acesso à internet para curtir as minhas playlists sem distrações.
2 - Compromissos com amigos
Outra estratégia que tem sido muito eficaz são os compromissos com amigos.
Combinamos que, durante nossos encontros, evitaríamos ao máximo o uso do celular.
Claro que, sendo muitos de nós médicos, às vezes precisamos estar disponíveis para emergências.
Mas, no geral, esse pacto coletivo nos ajuda a estar mais presentes e engajados nos momentos que compartilhamos.
3 - Leitura Digital
Uma descoberta interessante nesse processo foi o poder da leitura digital.
Confesso que tinha certo preconceito em relação a ler no celular, mas decidi dar uma chance. Então, baixei aplicativos de leitura e comecei a explorar esse novo universo.
Me surpreendi com a praticidade e as vantagens, como a luz embutida, a claridade da tela e o acesso fácil em diversos momentos do dia.
Agora, sempre que sinto o impulso de pegar o celular, tento redirecioná-lo para a leitura. Já descobri tantas histórias incríveis dessa forma!
4 - Uso de relógio
Além disso, retomei o hábito de usar relógio de pulso.
Pode parecer um detalhe pequeno, mas evitar pegar o celular para checar as horas fez uma grande diferença.
Quantas vezes você já desbloqueou a tela com esse pretexto e, de repente, se viu imersa em uma espiral de notificações e posts?
Pois é, por isso adotei o uso do relógio, novamente.
5 - Conexão com a realidade
Tenho me esforçado para estar mais presente no mundo real, com todos os seus estímulos multissensoriais.
O mundo digital é fascinante, mas não podemos nos esquecer da riqueza das experiências humanas.
Sentir o perfume das flores, a textura de um tecido, o calor de um abraço… São sensações que nenhuma tela pode substituir.
6 - Consciência do impulso
E por fim, aprendi a controlar o impulso de entrar em aplicativos, como o Instagram, por exemplo.
Ao fazer isso, refleti sobre as razões por trás desse desejo e o quanto isso realmente me satisfazia. Essa conscientização é fundamental para entender como nossa mente funciona.
O impulso de usar o celular é comparável a um desejo, semelhante ao que sentimos em relação a substâncias, comida ou outras formas de prazer.
Reconhecer esse impulso e decidir não ceder a ele requer prática e responsabilidade.
Os benefícios são claros:
Maior atenção
Bem-estar
E experiências significativas fora das telas
Ao me deparar com o tempo excessivo nas redes sociais, percebi que minha curiosidade e o medo de perder algo (FOMO) estavam me afastando de tarefas mais gratificantes.
Para me reconectar com a leitura, utilizei meu celular como uma ferramenta. Sempre que sentia o impulso de pegá-lo, lembrava-me de um livro que estava lendo e redirecionava minha atenção.
Entendi que resistir a esses impulsos é um exercício diário, semelhante a treinos físicos.
Recentemente, fiz um experimento interessante…
Ganhei bombons embalados individualmente, mas havia decidido me abster de doces durante a semana. Em vez de esconder os bombons, coloquei-os à vista e resisti à tentação.
Eu até cheguei a pegar a embalagem, mas resisti ao impulso.
Nos primeiros dias, foi mais difícil, mas, ao final da semana, olhava para a embalagem com orgulho. Não comi nenhum e, muito mais do que isso, treinei minha resistência a estes propósitos.
Lembrei disso em outros momentos em que precisei resistir, inclusive às redes sociais.
Essas práticas têm me ensinado a lidar melhor com o uso do celular e a encontrar um equilíbrio saudável.
O desafio é contínuo, mas a recompensa de uma vida mais presente e significativa vale a pena.
Do mesmo jeito que minha jornada para uma vida com menos tela me levou a mais leitura e prazeres profundos, sei que você também é parte disso…
Ao estar aqui me acompanhando nas news, mostra que temos uma conexão mais profunda.
Me sinto realizada ao poder sentar, escrever linha por linha e então dividir com você reflexões sobre o dia a dia da cirurgia plástica e também sobre as minhas experiências cotidianas.
O poder da consciência
Quando falamos em usar o celular de forma mais equilibrada, muitas vezes focamos nas ações práticas, como definir limites de tempo ou silenciar notificações.
Essas medidas são importantes, mas o verdadeiro ponto de virada está na nossa capacidade de observar e compreender nossos próprios comportamentos.
Você já parou para refletir sobre o que te motiva a pegar o celular em diferentes momentos do dia?
Pode ser tédio, ansiedade, procrastinação…
Ou até mesmo um hábito tão enraizado que se tornou automático.
Quando começamos a prestar atenção nesses impulsos, abrimos a porta para a mudança.
Uma prática que tem me ajudado muito é a meditação.
Sei que pode soar clichê, mas os benefícios são reais.
Ao reservar um tempo para observar meus pensamentos e emoções sem julgamento, desenvolvi uma maior clareza sobre meus padrões de comportamento.
E, com essa consciência, pude fazer escolhas mais alinhadas com meus objetivos e valores.
Outro exercício poderoso é a autorreflexão ao final do dia. Antes de dormir, dedico alguns minutos para revisar minhas atividades e interações.
Quando peguei o celular?
Por quê?
Como me senti antes, durante e depois?
Esse hábito me ajudou a identificar gatilhos emocionais e situações específicas em que tendo a recorrer ao mundo digital.
A consciência também nos permite ser mais intencionais em nossas escolhas.
Em vez de agir no piloto automático, podemos nos perguntar:
“Esse é o melhor uso do meu tempo e energia neste momento?”
Às vezes, a resposta será sim, e está tudo bem. O importante é fazer essa pausa reflexiva e decidir de forma ativa, em vez de ser levada pelo fluxo das telas.
O objetivo não é demonizar a tecnologia, mas sim usá-la de forma mais consciente e alinhada com nossos propósitos.
É claro que o celular pode ser uma ferramenta incrível para nos conectar, aprender e crescer. A chave está em sermos nós a controlar essa ferramenta, e não o contrário.
Convido você a explorar sua própria consciência nesse processo.
Que tal começar com pequenas pausas reflexivas ao longo do dia?
Ou experimentar alguma prática de mindfulness, como a meditação ou a respiração consciente?
Cada passo na direção da autoconsciência é uma vitória.
Espero que essa jornada de autoconhecimento e equilíbrio digital leve você de volta ao seu coração, à sua essência mais profunda.
E que, a partir desse lugar de clareza e conexão, você possa irradiar sua luz única no mundo.
Nos vemos no próximo domingo, às 18h.
Com todo o meu carinho,
Dra. Luciana Palma (Lu) 🤍
Resposta da News #017
Na última newsletter: Ficção ou realidade? Três histórias impactantes de superação…
Eu compartilhei três histórias com as leitoras, sendo que uma dessas histórias era FALSA.
Adorei receber os comentários de todas vocês, muito obrigada! ☺️
Agora, para matar a sua curiosidade, vou revelar qual história é falsa.
Preparada?
Vamos lá…
A história falsa era a segunda: O paciente da ginecomastia (somente 25% acertou).
» Responda este e-mail e me conta se você acertou!
Enriquecendo a alma
📚 Livro que estou lendo:
A morte de Ivan Ilitch, de Tolstói
🎬 Filme que recomendo:
Beleza Americana
📺 Série que estou acompanhando:
Disclaimer, na Apple TV
🎧 O que tenho ouvido:
Rádio Escafandro
Quem é a Dra. Luciana Palma
Deixa eu me apresentar a você que chegou aqui agora.
Muito prazer! Sou a Luciana (Lu), cirurgiã plástica especializada em cirurgia das mamas, com mais de 21 anos de experiência na área. Formada pela UFJF em 1993, realizei residência em cirurgia geral e no INCA, no Rio de Janeiro.
Desde 2001, me dedico à Técnica de Mastopexia com cicatriz reduzida em L, buscando resultados estéticos superiores com menor invasividade.
Com mais de 5 mil cirurgias realizadas, sou preceptora de Serviços Credenciados da SBCP e coordeno o Curso Mama em L, compartilhando minha experiência com outros cirurgiões plásticos.
Para agendar uma consulta, te convido a clicar aqui.
Dra. Luciana Palma: RJ CRM 5258334-2 | RQE 17595
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